E-Tec 10 anos: virada de chave profissional

Cristiano Laureth uniu conhecimento técnico à experiência familiar para investir na pecuária e na criação de abelhas sem ferrão. Fotos: Arquivo Pessoal
Brasília (10/06/2025) – O conhecimento, a inspiração e a motivação adquiridos a partir de dois cursos técnicos do Senar levaram Cristiano Laureth de Oliveira, de Santa Catarina, a “virar a chave” na carreira profissional.
Com 36 anos e natural de Armazém (SC), Cristiano só percebeu que seu lugar de fato era em uma propriedade rural depois de fazer os cursos de Agronegócio e de Zootecnia do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
No entanto, a nova perspectiva na carreira profissional veio depois de algumas idas e vindas. Até os 16 anos, ele trabalhou na propriedade da família voltada à produção de fumo, mas depois de um período na cidade, Cristiano cursou istração e trabalhou no comércio e em uma instituição financeira.

O trabalho na cidade não impediu Cristiano de investir no agro. Em 2024, durante seu curso técnico em Zootecnia, quando planejava o trabalho de conclusão, surgiu a ideia de fazer um projeto sobre a viabilidade na região da meliponicultura, a criação de abelhas sem ferrão.
“Todo esse processo educativo foi um verdadeiro divisor de águas para mim. Foi onde tive a virada de chave que me fez sair de um emprego com carteira assinada e retornar para a minha jornada do agro como produtor rural”, conta.

Cristiano explica que os cursos deram “base, segurança e motivação”. “Fez toda a diferença na minha vida para que eu pudesse seguir o caminho profissional que nutro uma paixão desde muito jovem”.
“Além da teoria, me marcaram positivamente as visitas técnicas que fizemos nas propriedades da região. O curso trouxe essa vivência prática onde conseguimos conectar a teoria à realidade no campo. Essa combinação contribui muito para o desenvolvimento pessoal de qualquer pessoa e do próprio setor”.
Dos cursos à prática – O acúmulo de conhecimento precisava ser colocado em prática. Então, Cristiano e a esposa Gisele começaram a atuar em uma propriedade no município de Tubarão com pecuária de corte, atividade que eles tinham iniciado após Cristiano concluir o curso Técnico em Agronegócio, e, em seguida, com a meliponicultura.

“Nesse primeiro momento, estamos trabalhando com a venda das colmeias. Participamos da nossa primeira feira, para expor nossos produtos e falar um pouco mais das abelhas sem ferrão. Demos início a uma trajetória para deixar um legado para nossa filha Maria, de três anos”, conta com orgulho.
Aprendizado contínuo - A partir da formação técnica no agro com os cursos do Senar, Cristiano resolveu ampliar ainda mais seu conhecimento no setor, investindo na graduação em Agronomia. Apesar de estar “engatinhando” na arte de empreender no agro, ele, que está no penúltimo semestre de Agronomia, pretende expandir os negócios e se profissionalizar ainda mais.
“Eu quero aplicar no meu negócio tudo que aprendi nos cursos e realizar um dos meus grandes sonhos que é transformar meu negócio em uma referência na região, unindo produtividade, inovação e preservação ambiental. Quem sabe também, no futuro, montar algo voltado ao turismo rural”.

Além de produtor rural, Cristiano participa de rodeios na região na modalidade 'laço comprido' e, para ele, pertencer ao setor agropecuário significa carregar uma série de responsabilidades que servem de inspiração e exemplo para milhares de outros produtores rurais.
“Fazer parte do setor é uma motivação para que eu sempre busque conhecimento, inovação, qualidade. Nós, produtores rurais, contribuímos para alimentar milhões de pessoas, ajudamos a movimentar a economia do nosso país. Esse sentimento de pertencer ao agro é uma sensação incrível”, conclui.
Conheça outras histórias como a de Cristiano: